Translate to

Total de visualizações de página

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Médico nega preconceito contra transexual em Santo André

Reportagem Original: http://www.abcdmaior.com.br/materias/cidades/medico-nega-preconceito-contra-transexual-em-santo-andre

Plantonista da UPA Sacadura Cabral afirma que não percebeu na ficha nome social da paciente O médico clínico plantonista na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Sacadura Cabral, em Santo André, negou nesta terça-feira (11/08) preconceito ao atender a transexual Emanuella Menezes Ferreira no último domingo (09/08). De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa da Prefeitura, o médico, que não teve o nome revelado, chamou a paciente pelo nome de batismo para o consultório médico. "Ao adentrar na sala, a usuária teria indagado ao médico se ele não sabia ler. O profissional respondeu que sim, ao notar, na sequência, que no canto direito da ficha havia o nome de mulher. Sem tempo de conversar, a paciente começou a dizer que o médico era preconceituoso e que registraria um boletim de ocorrência contra o profissional. Simultaneamente, um companheiro entrou no consultório e começou a gritar e ofender o médico, inclusive com tentativa de agressão física", afirmou, em nota, a Prefeitura. A coordenação da unidade dispõe de sistema de videomonitoramento com as imagens que mostram Emanuelle entrando acompanhada no consultório, o que ratifica o relato do profissional, informou a assessoria de imprensa da Administração. Nesta terça-feira (11), a direção da rede de urgência e emergência encaminhou cópias da legislação pertinente para os gestores das unidades reforçarem a orientação junto aos profissionais, principalmente na recepção para que, em situações do tipo, o nome social fique em destaque na ficha de atendimento.

O CASO A transexual (pessoa que não se identifica com o gênero que nasce) Emanuella Menezes Ferreira, 40 anos, estava passando mal na noite de domingo. Com enxaqueca, dores de estômago e febre, procurou às 20h40 a UPA Sacadura Cabral, na avenida Prestes Maia, em Santo André, para atendimento médico. Porém, ao invés de socorro, a costureira afirma que foi vítima de transfobia por parte do médico que deveria atendê-la. Conforme Emanuella, o médico ignorou o nome social que estava anotado na ficha e a portaria federal (nº 12 de 16 de janeiro de 2015) que garante o uso do nome social pelas pessoas transexuais e travestis conforme a sua identidade de gênero. “Da primeira vez que ele gritou meu nome de registro, um amigo foi pedir que ele me chamasse pelo nome social, mas ele se recusou e continuou a gritar meu nome de registro.” Diante da situação constrangedora, Emanuella foi fazer o pedido pessoalmente. “Ele olhou para mim e disse que não tinha culpa se eu era um ‘traveco’ e não gostava do meu nome. Se eu quisesse ser atendida ali, seria pelo meu nome de registro”, afirmou a costureira. Ainda conforme Emanuella, o médico chamou o próximo paciente com ela ainda dentro do consultório. “Ele não apenas foi desrespeitoso, mas me constrangeu na frente de outros pacientes, sempre enfatizando meu nome de registro”, lamentou

Nenhum comentário:

Postar um comentário